O mercado como um todo está evoluindo muito e mudando com grande velocidade. E na área da medicina essa tendência não é diferente. Apesar de avanços acontecerem a passos largos, principalmente no que se refere ao digital, essas transformações não ocorreram somente por conta da Covid-19. Antes da pandemia, a tecnologia já era amplamente adotada com o objetivo de deixar pacientes e médicos cada vez mais próximos.
Com o surgimento da doença infecciosa, houve a necessidade de as pessoas se isolarem. Com isso, a automatização dos processos e a telemedicina foram uma realidade amplamente vivenciada por inúmeras pessoas em todo o mundo. O que era algo novo se tornou, até certo ponto, normal para grande parte da população global.
Já estamos caminhando para 2022 e a pergunta que fica é: o que esperar da medicina no próximo ano?
- A telemedicina continuará em alta
A telemedicina ou teleconsulta é uma tendência que definitivamente veio para ficar. Em abril de 2020, foi sancionada no Brasil uma lei que autoriza as consultas virtuais enquanto durar a crise da Covid-19. Uma pesquisa feita pela Associação Brasileira de Planos de Saúde (Abramge) apontou que desde o começo de 2020, até maio de 2021, foram contabilizadas 2,5 milhões de teleconsultas no país. Ainda segundo a pesquisa, os problemas apresentados pelo paciente foram resolvidos em 90% dos casos.
Muita gente preferiu consultar um médico virtualmente a ter que sair para consultas presenciais quando os números de casos de Covid estavam altos. As ferramentas de telessaúde devem continuar em curva ascendente.
A telemedicina envolve o uso das modernas tecnologias da informação e telecomunicações para promover atenção médica a pacientes situados em locais distantes. Tudo é feito remotamente. A telemedicina apoia a medicina tradicional, por isso, muitos profissionais deverão se atualizar para conseguir se integrar a essa tendência.
- Monitoramento remoto de pacientes
O monitoramento remoto é uma tendência da área de saúde, que mantém os pacientes e seus cuidadores em contato direto para coordenar o tratamento e acompanhar doenças mais graves. Para garantir o monitoramento ininterrupto, os médicos fornecem aos pacientes aparelhos domésticos.
Esses aparatos medem dados de saúde críticos, lembram os pacientes de tomar seus remédios e enviam dados importantes aos médicos. Esta opção ajuda as instituições de saúde a reduzirem o tempo, os custos e a fornecer cuidados de saúde de alta qualidade, mesmo sem atender seus pacientes pessoalmente. Até 2024, o site de análises financeiras MarketWatch, fez uma projeção de que só nos Estados Unidos será investido nessas ferramentas, mais de 1,5 milhão de dólares.
- Novas tecnologias em saúde mental
Como a Covid-19 continua a impactar a saúde mental da população mundial, a demanda por tecnologia na saúde continua crescendo, não só no Brasil, mas em todo o mundo. Uma tecnologia promissora que deve definir o futuro da saúde mental é o rastreamento de sintomas online.
A solução de rastreamento online permite que os pacientes relatem seus sintomas diariamente, o que melhora e acelera significativamente o tratamento. No passado, a maioria dos pacientes relatava novos sintomas somente durante as visitas regulares à terapia.
Agora, os profissionais de saúde mental têm acesso a todas as atualizações 24 horas por dia, 7 dias por semana. Isso significa que podem propor um tratamento com base nos dados de saúde que recebem dos pacientes diariamente.
- Big Data ganha ainda mais relevância
Ao longo da vida de um paciente, entre consultas, diagnósticos e tratamentos, muitas informações ficam espalhadas em diversos registros médicos por onde ele se consultou ou fez um exame. A tendência é que todo esse histórico médico do paciente seja atualizado numa plataforma digital, onde seja possível fazer o resgate de todas essas informações. A ação visa oferecer ao paciente um diagnóstico e tratamento mais precisos.
Em vários países, é possível que os cidadãos acessem toda a documentação pessoal relacionada à saúde através de um número de identificação. Durante a pandemia, o monitoramento do avanço da doença entre os infectados foi registrado. Todos os dados coletados ficam armazenados nesse banco de dados. Mesmo já tendo passado o período mais crítico da crise sanitária, é muito provável que em 2022 essas mudanças se intensifiquem na área da saúde pelo mundo.
- Segurança dos dados será tendência global
Estamos falando sobre os impactos positivos da tecnologia nos serviços de saúde, mas, vale destacar que é preciso ter muito cuidado ao utilizar informações dos pacientes. Em 2018, foi sancionada a Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD), pelo então presidente Michel Temer. Ela foi criada com base no General Data Protection Regulation (GDPR), legislação em vigor nos países europeus. A função principal dessa legislação é evitar que as empresas transmitam informações de qualquer pessoa sem o seu devido consentimento.
Clínicas médicas lidam diariamente com um volume imenso de dados pessoais registrados no cadastro, laudos de exames e prontuários, com informações dos tratamentos realizados. Essas informações são confidenciais e só podem ser armazenadas com a autorização do paciente.
As informações sensíveis de sua clínica não podem ser extraviadas, sob pena de multa que pode chegar até R$ 50 milhões, dependendo do faturamento da sua clínica. No próximo ano, a cibersegurança continuará em foco.
- Aplicativo para ajudar na alergia alimentar
Se alimentar é um ato comum a todo ser humano. Mas, como os alimentos estão a cada dia mais industrializados, nem sempre conseguimos saber exatamente o que estamos consumindo. Em inúmeras ocasiões, pessoas alérgicas a determinados tipos de comidas não conseguem se prevenir das reações, exatamente por conta dessas incertezas.
E a medicina está tirando proveito da tecnologia para ajudar as pessoas a se precaver e combater esses problemas tão incômodos. A novidade, que deve estar disponível ao mercado em 2022, é o aplicativo SensoGenic.
Por meio de um sensor, é possível detectar anticorpos e descobrir as substâncias que provocam a hipersensibilidade (alergia) no paciente. O app tem perspectiva de funcionar em aparelhos smartphones.
Se você ainda não tem um software de gestão seguro e que esteja adequado às diretrizes da LGPD, contrate a Support Health para armazenar os dados da sua clínica e dos pacientes com segurança.
Por Tatiana Santos