5 dicas para eliminar as dívidas da sua clínica

Empreender no Brasil é um desafio que exige bastante determinação e resiliência, já que manter as contas em dia e, ao mesmo tempo conquistar uma boa margem de lucro, não é tarefa fácil. As micro e pequenas empresas assumem papel importante na economia, mas esses empreendimentos costumam encontrar dificuldades para sobreviver no mercado e alcançar um bom desempenho econômico. 

Ao abrir uma empresa alguns empreendedores não fazem o levantamento de informações extremamente importantes sobre o mercado em que vão se inserir, como por exemplo: clientes, concorrente e fornecedores, além de não realizar o planejamento estratégico antes de iniciar suas atividades. Planejamento é fundamental para entender seu negócio, o caminho a seguir e auxilia a precaver imprevistos.

Uma pesquisa recente, feita pela Serasa Experian, mostrou que mais de 5 milhões de empresas brasileiras estão inadimplentes. E, é justamente a falta de planejamento, que pode levar seu sonho/negócio a correr riscos indesejáveis e que poderão lhe tirar o sono. É pensando que vamos dar algumas dicas para que você consiga melhorar o financeiro de sua clínica e eliminar as dívidas.

  1. Identificar o que levou sua clínica a ficar na situação atual

Para que você busque alternativas para resolver os problemas financeiros de sua clínica, o primeiro passo é identificar a sua causa. Sua clínica pode estar passando por um momento de queda na receita ou os seus custos aumentaram muito, etc. Depois faça um levantamento da sua situação atual, se houver dívidas, saiba exatamente qual o valor. 

  1. Identificar custos podem ser eliminados

Quando você organiza a vida financeira de sua clínica, irá conseguir identificar custos que podem ser reduzidos ou até mesmo eliminados. 

Por exemplo, substituir impressão de receituário e pedidos de exames por envio de arquivos eletrônicos, sistematizar seu negócio, ter uma equipe enxuta, porém de alta performance para fazer a entrega que você precisa. 

  1. Controlar as despesas

E neste quesito todas as despesas devem ser consideradas, não se esqueça das despesas menores, não é só porque a despesa é pequena que ela não deve ser considerada, pois a soma destas pequenas contas faz uma diferença enorme.  

Procure por produtos ou serviços similares que tenham um custo mais baixo. Analise as despesas necessárias e avalie custos de internet, telefonia, material de escritório, materiais descartáveis, insumos e medicamentos, e veja se é possível substituí-los por outros fornecedores. Negocie melhores preços e prazos de pagamento.

  1. Conciliar receitas com despesas

Uma boa gestão de fluxo de caixa é fundamental, você precisa fazer a conciliação entre a entrada das receitas e o pagamento das despesas, somente assim terá um panorama financeiro sob controle. Fazer um controle diário é fundamental para não ter prejuízos futuros. Sempre que vendemos a prazo, principalmente se estes prazos forem longos, vamos demorar mais a ter estes recursos disponíveis para usa-los. É fundamental então, ter disponível uma reserva, (o capital de giro) para pagarmos nossas despesas até que os recursos das vendas a prazo estejam disponíveis. Retiradas do caixa, sem previsão, são extremamente prejudiciais para a sua clínica, principalmente se elas não forem registradas.

Defina um limite razoável de parcelamento a ser ofertado para seus pacientes. Crie um orçamento bem definido para cada departamento da clínica, assim os responsáveis se organizam para trabalhar com os recursos disponibilizados. Crie um pró-labore para você para evitar que suas despesas sejam misturadas com as da clínica. Negocie prazos maiores com fornecedores para o pagamento das despesas da clínica, assim você conseguirá conciliar o prazo para receber as vendas parceladas com o prazo para pagamento das despesas.

  1. Renegociar as dívidas

Se a sua clínica possui dívidas em aberto, é necessário buscar uma renegociação com o credor. Mas antes de iniciar a negociação destas dívidas, esteja certo de ter solucionado os problemas que o levaram a contraí-las, pois caso contrário, isto vai virar uma bola de neve.

Procure seus fornecedores pessoalmente e faça a sua proposta. Dessa forma, é possível chegar a condições de pagamento mais viáveis e reduzir a taxa de juros. Busque acordos viáveis, que não fujam da sua realidade. Caso contrário, você pode não conseguir quitar as novas parcelas e contrair uma dívida maior ainda. 

Caso tenha dívidas de cheque especial ou cartão de crédito, o problema precisa ser solucionado ainda mais depressa, pois os juros cobrados são bastante altos, então procure seu gerente do banco o mais rápido possível. A dívida de cartão de crédito é uma das mais caras do mercado – atrás apenas do cheque especial. Os juros, por exemplo, chegam a mais de 280% ao ano de acordo com o Banco Central. Analisando esses dados, não restam dúvidas: o pagamento desse tipo de dívida deve ser uma prioridade no orçamento.

Negocie com a operadora de cartão de crédito e busque uma alternativa que caiba no seu bolso. O banco tem tanto interesse quanto você na quitação do débito e costuma facilitar o pagamento, seja com parcelas mais flexíveis ou com a redução da taxa de juros. Mas, antes, é importante entender quanto do seu orçamento mensal pode ser comprometido com o pagamento da dívida. 

Busque linhas de créditos com juros menores dos que você está pagando atualmente e estabeleça um valor de parcela que você consiga pagar. Aumentar o prazo de pagamento da dívida vai fazer com que as parcelar fiquem menores, o que pode aliviar a situação atual.

Outra opção é buscar modalidades de crédito com taxas mais baixas, a fim de quitar a dívida e manter a integridade do seu negócio. O empréstimo com garantia de imóvel, veículo ou salário são opções com as menores taxas de juros do mercado.  Dessa forma, é possível trocar as suas dívidas caras por uma mais barata, com um prazo maior, que te ajuda a planejar melhor o pagamento das parcelas. 

Segundo estudo realizado pelo Sebrae Nacional cerca de 24% dessas empresas fecham as portas com menos de dois anos de existência. E esse percentual ainda pode aumentar e chegar a 50% nos estabelecimentos com menos de quatro anos. Ainda de acordo com este mesmo estudo, cerca de 35% dos empreendedores abriram uma empresa pois desejavam ter seu próprio negócio e para iniciar o empreendimento, 80% contaram com recursos próprios ou da família. 

A premissa principal é sempre organizar seu negócio, somente assim você estará preparado para possíveis imprevistos, por isso organize-se o quanto antes e volte a focar no seu negócio principal, que é a promoção da saúde e qualidade de vida de seus pacientes. 

Quando você tem planejamento e foco, conseguirá traçar estratégias para melhorar sua clínica com uma gestão médica focada em melhoria contínua, com custos desnecessários sendo contidos e trabalhando mais entrada de dinheiro em caixa, construir um marketing médico eficiente para aumentar o número de pacientes em sua clínica, fidelizar estes pacientes com excelência no atendimento e encontrar ferramentas tecnológicas que deem a velocidade e segurança que você precisa em seu negócio.

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